Uma greve geral das redes estadual, municipal e particular de educação ameaça prejudicar 577.545 estudantes belo-horizontinos. Paralisados desde 16 de março, professores municipais decidiram nesta segunda-feira (29), em assembléia, permanecer com a greve até segunda-feira (5), quando realizam nova reunião. Depois, saíram em passeata pelas ruas do Centro de BH. Os profissionais das escolas particulares e da rede estadual farão assembléias nos dias 5 e 8 de abril, respectivamente, para decidir sobre uma possível paralisação.
A diretora do Sindicato dos Professores Municipais, Adriana Mansur, criticou o desdém da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e pediu ajuda à sociedade. “A comunidade tem que pedir ao prefeito que tome uma posição para resolver a situação. Sei que os pais nos apoiam, mas eles também não querem que os filhos fiquem sem aula”, declarou. Segundo Adriana, 70% dos 15 mil professores municipais aderiram à greve. Essas escolas atendem 174.337 estudantes. A PBH entrou, no início da greve, com uma liminar para que os profissionais voltassem às salas de aula. No entanto, preferiu não se pronunciar sobre o assunto.
Já os professores da rede particular podem entrar em greve na próxima segunda-feira, dependendo do resultado da assembléia. Atualmente, a rede particular conta com 1.278 escolas. Se as aulas forem suspensas, 163.046 alunos, dos ensinos Fundamental e Médio, serão prejudicados.
Mesmo sob ameaça de greve, o presidente do Sindicato das Escolas Particulares de MG, Ulysses Panisset, não acredita que haverá, de fato, uma paralisação em massa. Mas o diretor de comunicação do Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro Minas), Aerton Silva, ressalta que os educadores estão muito insatisfeitos com a situação que estão vivendo. No Estado, são 200 mil professores na rede pública que ameaçam parar. Eles atendem a mais de 2 milhões de alunos, sendo 233.326 deles na capital.